segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Mafra antiga













terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mafra: Descoberto morcego em perigo de extinção


Mafra: Descoberto morcego em perigo de extinção
Uma colónia de morcegos Bechestein, considerados em perigo de extinção, foi recentemente avistada na Tapada de Mafra. A espécie não era avistada há mais de dez anos em Portugal e foi agora descoberta no âmbito de uma monitorização das espécies de morcegos existentes naquele recinto.

"Foi uma agradável surpresa", revela o biólogo Hugo Rebelo, à Lusa. "É uma espécie muito rara na Europa", encontrando-se, atualmente, "confinado à Europa Ocidental e Central, em florestas centenárias com espécies arbóreas nativas". Segundo o especialista, "as florestas nativas europeias têm vindo a ser desbastadas ao longo dos últimos séculos, pelo que é natural que qualquer espécie dependente desse habitat esteja em declínio".

A colónia encontrada era constituída por oito indivíduos e, para o investigador, a sua existência vem reforçar o fator de biodiversidade presente na tapada. "São animais bastante sensíveis. Se houvesse grandes alterações de habitat, um uso abusivo de pesticidas e outros fatores que modificassem drasticamente os ecossistemas, como a qualidade de água e a própria paisagem, esta espécie seria das primeiras a desaparecer", revela.

Em Portugal, em 25 anos, o morcego Bechestein foi capturado em apenas três ocasiões, sendo que a última tinha ocorrido há já mais de dez anos. A descoberta de agora aconteceu no âmbito de uma monitorização das espécies de morcegos existentes na Tapada de Mafra, levada a cabo pelo grupo de dez investigadores do projeto do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), da Universidade do Porto.

22 de Outubro de 1730


D. João V, rei de Portugal, havia prometido construir uma basílica se a sua esposa, D. Maria Ana Josefa de Áustria, lhe desse descendência. 
O nascimento da princesa D. Maria Bárbara foi interpretado por este monarca como uma graça divina, pelo que, não olhando a despesas, mandou construir, em Mafra, um enorme edifício composto por uma basílica, um palácio real e um convento com uma das mais belas bibliotecas europeias.
Às 7 horas da manhã de 22 de Outubro de 1730, dia em que o rei fazia 41 anos de idade, iniciou-se a festa de consagração da basílica, que se prolongaria até às 7 de manhã do dia seguinte. Foi servido, na ocasião, um banquete popular a 9000 pessoas.
As festas acabariam por se estender por mais 7 dias, ao som das melodias dos dois enormes carrilhões mandados vir expressamente de Antuérpia

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Festejos da chegada de NªSra da Nazaré a Cheleiros

Procissão de NªSªda Nazaré em Montelavar-FOTOS- 16-09-2012

Orgãos de tubos Mafra - Abertura em Ré D'AS 21 by D'AlmeidaSimões

Orgãos de tubos Mafra - Intermezzo / Final- D'as 24/25 by D'AlmeidaSimões

Mafra National Palace - Palácio Nacional de Mafra - Portugal

Palácio Nacional de Mafra - Mafra National Palace & library

Jardim do Cerco - Mafra

Tapada de Mafra+Ericeira+Sobreiro

A Alma E A Gente - Mafra, A Politica Do Prestigio

Visita ao Convento de Mafra

ERICEIRA ANTIGA.mp4

ERICEIRA SEMPRE.mp4

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Foral da Ericeira - comemorações dos 500 anos



Dia 31 de Agosto logo pela manhã:
- 10.00 horas - A fanfarra dos Bombeiros V. da Ericeira percorre as ruas da Vila tocando em arruada;
- 15.30 horas - Na Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva - as boas-vindas;
- 15.45 horas – Palestra pelos Professores Doutores, Margarida Garcez e Carlos Margaça Veiga sobre «OS FORAIS DA ERICEIRA»;
- 16.45 horas - Abertura do Posto dos Correios para venda postal Inteiro com carimbo comemorativo alusivo ao Foral Manuelino.
No Largo da Misericórdia – Arquivo-Museu:
- 17.30 horas - Visita à exposição do Foral no Arquivo-Museu da Misericórdia com recepção pela Filarmónica Cultural da Ericeira;
- 22.00 horas - Fados na Praça da República (Largo do Jogo da Bola).

Retirado do jornal «O Ericeira»

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ericeira antiga

Praia dos Pescadores

da Ericeira para o exílio

Retratos do fim da Monarquia 
O último momento da monarquia portuguesa: da Ericeira para o exílio 





Durante a revolução republicana, no início de Outubro de 1910, os tiros de canhão atingem o Paço das Necessidades, quase atingindo os aposentos do rei D. Manuel II. A Família Real não pode deixar de recordar o momento do regicídio e tudo faz para, imediatamente, se colocar a salvo. Estão praticamente entregues a si próprios, contando apenas com a ajuda de algumas pessoas mais chegadas, amigos sobretudo.A revolução republicana começara, na prática, no dia três de Outubro. Durante dois dias instala-se a confusão nos círculos políticos e militares, não se percebendo que rumo estava a tomar a revolução. Na verdade, os republicanos não tinham a certeza de estar a conseguir uma vitória o que leva, por exemplo, o Almirante Cândido dos Reis ao suicídio e ao espanto dos revolucionários pela facilidade da implantação da República.Por seu lado o governo monárquico aconselha o próprio rei a fugir para se salvar.Assim, D. Maria Pia e D. Amélia seguiram directamente de Sintra para Mafra e D. Manuel II, ao fim da tarde do dia 4 de Outubro, viaja de automóvel para Mafra, para se encontrar com o marquês do Faial e com o conde de Sabugosa. Por essa altura, o infante D. Afonso já saíra de Cascais a bordo do iate real “Amélia”, em direcção à Ericeira.A Família Real reúne-se em Mafra, onde pernoita no Palácio da localidade, aguardando com esperança, a evolução dos acontecimentos. Sinónimo da fuga apressada é o facto de alguns membros da nobreza lhes terem de fornecer algum vestuário necessário, por exemplo para dormir.Com o hastear da bandeira republicana em Mafra, a Família Real compreende que a monarquia chegou ao fim. Seguem para a Ericeira para alcançar o iate real “Amélia”, que os espera ao largo. Viajam em caravana automóvel, com um grupo de fiéis servidores, escoltados por um pequeno corpo de cavalaria. Reduzem a sua bagagem ao mínimo indispensável, sobretudo bens pessoais, o que invalida a acusação da época de que o monarca terá levado as riquezas da Casa Real consigo. Entretanto, vão chegando à Ericeira alguns membros da nobreza que, deste modo, querem demonstrar a sua lealdade para com o rei deposto.Um estranho cortejo, composto por uma vintena de pessoas, atravessa o areal da Ericeira, em direcção aos barcos dos pescadores que concordam em transportá-los para o navio real, sob o olhar e silêncio de dezenas de populares curiosos que observam do alto da povoação. No momento da despedida registam-se cenas de emoção e mágoa, por parte de alguns serviçais que ficarão em Portugal, mantendo-se, no entanto sempre uma atitude de dignidade por parte dos monarcas. Neste momento, a primeira intenção era rumar à cidade do Porto e daí organizar a contra-revolução ou directamente para Londres mas prevalece a decisão de rumar a Gibraltar, onde chegam a 7 de Outubro, destino mais consentâneo com a capacidade de velejar do navio e onde podem contar com a protecção dos aliados ingleses.Na Família Real seguiam a Rainha D. Maria Pia, viúva de D. Luís, avó do rei D. Manuel II, que, juntamente com o Príncipe Herdeiro D. Afonso, seguiria para a Itália. Passados alguns meses faleceu, pedindo que, na hora da morte, a virassem para o lado de Portugal.Em Gibraltar, D. Manuel II e a restante família foram bem recebidos e tratados com o respeito devido a um monarca. Na época, a Inglaterra tinha Jorge V, como rei. Este apressou-se a enviar o iate “Victoria and Albert”, escoltado por vasos de guerra, a Gibraltar para transportar o rei D. Manuel II, sua mãe, D. Amélia e seu tio D. Afonso, para Inglaterra, o que ocorre a 16 de Outubro. Na partida, em Gibraltar, tiveram direito a honras reais, na presença das autoridades, com direito a cerimónias que incluíram o hino nacional. Acompanharam-nos, no exílio, os condes de Sabugosa e Figueiró.Na chegada, em Plymouth, foram recebidos pelo conde de Howe, representante do rei inglês, de modo amigável, passando a habitar numa terra amiga.Era a última viagem de D. Manuel II como rei de Portugal. Era o exílio de alguém que, de facto, deixara de ser rei duas semanas antes.Como curiosidade e de acordo com alguns investigadores, refira-se que, no momento do embarque do areal da Ericeira terá chegado um automóvel, vindo de Mafra, com alguns revolucionários armados de pistolas, carabinas e bombas para assassinar a Família Real. Mas os seus membros já se encontravam no mar, inalcançáveis.


Foi na Praia dos Pescadores, na Ericeira, que a Família Real embarcou para o exílio na BarcaBomfim que os transportou ao iate D. Amélia que os aguardava Eis aqui, alguns pormenores do que se passou naquele dia na Ericeira, relatados por Júlio Ivo, presidente da Câmara Municipal de Mafra no tempo de Sidónio Pais:
“(…) os automóveis pararam e apeou-se a Família Real, seguindo da rua do Norte para a rua de Baixo, pela estreita travessa que liga as duas ruas, em frente quase da travessa da Estrela (…) Ao entrar na rua de Baixo, a Família Real ia na seguinte ordem: na frente El-Rei Dom Manuel; a seguir, Dona Maria Pia, depois, Dona Amélia (…) El-Rei e quem os acompanhava subiram para a barca, valendo-se de caixotes e cestos de peixe (…) O sinaleiro fez sinal com o chapéu, e a primeira barca, Bomfim, levando a bandeira azul e branca na popa, entrou na água e seguiu a remos, conduzindo El-Rei (…) A afluência nas ribas era imensa. Tudo silencioso, mas de muitos olhos corriam lágrimas (…) El-Rei ia muito pálido, Dona Amélia com ânimo, Dona Maria Pia, acabrunhada (…)
Ainda as barcas não tinham atracado ao iate, apareceu na vila, vindo do lado de Sintra, um automóvel com revolucionários civis, armados de carabinas e munidos de bombas, que disseram ser para atirar para a praia se tivessem chegado a tempo do embarque(…)”

revolucionários da Ericeira







José Jacob Bensabat contou em 1929 que, dias depois da implantação da República, correu na vila a notícia de que os revolucionários da Ericeira iriam ser fotografados para a posteridade por José Maria da Silva. A fotografia, preparada às duas horas da tarde em casa de Figueiredo Cardoso, surpreendeu o antigo delegado marítimo do porto da Ericeira.

“À hora aprazada, dirigi-me a casa do Dr. Figueiredo Cardoso; e, quando lá cheguei, ao primeiro golpe de vista, vi algumas pessoas que estavam para fazer parte do grupo a fotografar, as mesmas pessoas que, quando El-rei, tempos antes, havia vindo à Ericeira, em visita oficial, eu havia visto seguindo o cortejo, desde o [Largo] do Jogo da Bola até São Sebastião, de chapéu na mão, dando vias a El-rei e à monarquia.” Coordenando as operações, estava o dono da Photographia Portugueza.
A publicação da imagem em “O Século” entristeceu Bensabat. A legenda referia: “Grupo de revolucionários republicanos da Ericeira”, mas, “durante os 14 anos que residi na Ericeira, [nunca] me constara que houvesse na localidade revolucionários deste ou daquele partido!” Podemos hoje observar esta fotografia, devidamente restaurada, no Arquivo-Museu da Santa Casa da Misericórdia da Ericeira, juntamente com a impressionante colecção de postais do mesmo autor.

Ericeira








Mafra Gare