A freguesia tem origem num conjunto de propriedades rurais de relativa importância no final da Idade Média, ligadas no século XII ao mosteiro galego de Santa Maria de Óia. No reinado de D. Dinis, uma dessas propriedades estava na posse da coroa, a Quinta da Rainha, mais conhecida por Quinta de Fanga da Fé, doada pelo rei a D. Isabel de Aragão, em 1298. Outras herdades eram pertença de senhores locais, como o caso de Giral Picanço ou de Miguel Lobato, que deu nome à Quinta da Lobagueira (1309), mais tarde conhecida como Lobagueira dos Lobatos e, posteriormente, como Encarnação.
Este território rural, organizado em quintas e casais, parte dele constituído em reguengo por D. Duarte, em 1434, tinha o seu centro religioso: a capela de S. Domingos de Fanga da Fé. No entanto, outra poderosa devoção haveria de se sobrepor a essa organização inicial - o culto à Senhora da Encarnação. Em 1755, arruinada a capela da Fanga, reforçou-se o estatuto desta como verdadeiro centro religioso da freguesia, estatuto de que desfruta ainda hoje.
O centro nevrálgico do território afastou-se do rio Safarujo, em benefício de uma centralidade ao longo da estrada que ligava Mafra a Torres Vedras. Em torno dessa nova realidade, desenvolveram-se novas actividades, de que a extraordinária concentração de moinhos é fiel testemunho e onde surgiu um micro-topónimo tão sugestivo como Azenhas dos Padeiros.
No lugar da Seixosa foi detectada uma estação arqueológica, ainda não totalmente investigada, atribuída ao Calabriano III (1.150.000 anos), a qual constitui o mais importante vestígio deste período conhecido em Portugal e um dos mais antigos da Europa.
A igreja matriz é um dos mais importantes templos do concelho. Paróquia desde o terramoto de 1755 (substituindo a arruinada Igreja de S. Domingos de Fanga da Fé), e destino de romarias sazonais organizadas em círios durante a época moderna, alguns provenientes de localidades longínquas, como Alcabideche ou a Lourinhã, a Igreja é uma realização maior do barroco regional, substancialmente distinto das opções eruditas do Palácio Nacional de Mafra, mas perfeitamente actual em relação a tantas outras obras de qualidade por todo o país.
A freguesia possui mercado, no primeiro domingo de cada mês, e na localidade de Azenha dos Tanoeiros celebra-se a Festa de Nossa Senhora do Rosário. A principal praia é a da Calada.
JUNTA DA FREGUESIA DA ENCARNAÇÃO
Largo Francisco Pereira Galantinho
2640-232 Encarnação
Telef.: 261850020
Fax: 261850021
e-mail: jfencarnacao@net.novis.pt
Site: www.encarnacao.pt
Este território rural, organizado em quintas e casais, parte dele constituído em reguengo por D. Duarte, em 1434, tinha o seu centro religioso: a capela de S. Domingos de Fanga da Fé. No entanto, outra poderosa devoção haveria de se sobrepor a essa organização inicial - o culto à Senhora da Encarnação. Em 1755, arruinada a capela da Fanga, reforçou-se o estatuto desta como verdadeiro centro religioso da freguesia, estatuto de que desfruta ainda hoje.
O centro nevrálgico do território afastou-se do rio Safarujo, em benefício de uma centralidade ao longo da estrada que ligava Mafra a Torres Vedras. Em torno dessa nova realidade, desenvolveram-se novas actividades, de que a extraordinária concentração de moinhos é fiel testemunho e onde surgiu um micro-topónimo tão sugestivo como Azenhas dos Padeiros.
No lugar da Seixosa foi detectada uma estação arqueológica, ainda não totalmente investigada, atribuída ao Calabriano III (1.150.000 anos), a qual constitui o mais importante vestígio deste período conhecido em Portugal e um dos mais antigos da Europa.
A igreja matriz é um dos mais importantes templos do concelho. Paróquia desde o terramoto de 1755 (substituindo a arruinada Igreja de S. Domingos de Fanga da Fé), e destino de romarias sazonais organizadas em círios durante a época moderna, alguns provenientes de localidades longínquas, como Alcabideche ou a Lourinhã, a Igreja é uma realização maior do barroco regional, substancialmente distinto das opções eruditas do Palácio Nacional de Mafra, mas perfeitamente actual em relação a tantas outras obras de qualidade por todo o país.
A freguesia possui mercado, no primeiro domingo de cada mês, e na localidade de Azenha dos Tanoeiros celebra-se a Festa de Nossa Senhora do Rosário. A principal praia é a da Calada.
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