terça-feira, 30 de julho de 2013

Santo Estêvão das Galés

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Antiga freguesia do extinto concelho dos Olivais, a relativa proximidade em relação a Lisboa não motivou um forte crescimento urbano desta parcela de território. Pelo contrário, a imagem que ainda hoje se tem da freguesia é a de uma terra rural, encravada numa geografia acidentada, que dificultou o estabelecimento de comunidades e impediu a constituição de maiores aglomerados populacionais.

Local de antigas produções de queijo e, mais recentemente, de intenso aproveitamento eólico, transformando-se a paisagem montanhosa numa sucessão de moinhos futuristas, Santo Estêvão das Galés conserva um património de relativo interesse, embora de grande heterogeneidade cronológica. O túmulo romano de Monfirre, identificado em 1993, testemunha um período escassamente conhecido na freguesia, mas que será certamente mais rico do que se supunha até há alguns anos. O impacto das construções religiosas católicas ocorreu muito tardiamente, com grande probabilidade já no séc. XV, época a que correspondem as primeiras referências às principais igrejas da zona. Ainda assim, a história destes templos revela uma trajectória de constante enriquecimento e de alguma qualidade artística.

Mas, nas Galés localiza-se uma parte de outro importante património: a série de lapiás de Negrais. Este campo de rochas fracturadas em grandes e sinuosos canais, verdadeiros marcos da História da Terra (período cretácico), foram objecto de classificação por parte do Estado Português, mas encontram-se ameaçados pela indústria extractiva, solidamente implantada nesta zona.

A Igreja Matriz, reconstruída na época manuelina, sofreu uma grande intervenção, consumada na segunda metade do séc. XVII e décadas iniciais da centúria seguinte, destacando-se o enriquecimento do seu interior com novos elementos artísticos, datando a pintura do coro-alto de 1725. Em Santa Eulália, conserva-se a Capela daquela localidade, mandada construir em 1466 por Diogo Vasques. A povoação acolhe a festa de Santa Eulália, realizada a 24 de Julho, na sede da Freguesia e existem ainda festividades em Montemuro e no Rogel.

JUNTA DA FREGUESIA DE SANTO ESTÊVÃO DAS GALÉS
 
Largo de Santo Estevão 
2665-414 Santo Estêvão das Galés 
Telef.: 219862192 
Fax: 219662951 
e-mail: jfgales@sapo.pt 
Site: http://santoestevaodasgales.blogspot.com

A antiguidade de Santo Estêvão das Galés pode ser atestada através de um túmulo romano, com cerca de dois mil anos, que foi encontrado em Monfirre.
Em termos administrativos, fez parte do extinto concelho dos Olivais e depois do de Loures, após o que passou para o de Mafra. A nível eclesiástico, foi um curato anual da apresentação do povo.

Santo Estêvão das Galés é uma freguesia portuguesa do concelho de Mafra, com 18,46 km² de área e 1 709 habitantes (2011). Densidade: 92,6 hab/km².
Até 1886, fez parte do concelho de Olivais, sendo então integrado no concelho de Mafra.
Esta freguesia é uma freguesia rural com actividades essencialmente no sector primário(criação de gado e produção de queijo).

Localidades

Nesta freguesia devem considerar-se para além da localidade de Santo Estêvão também as aldeias de Alto da Urzeira, Avessada, Bocal, Carcavelos, Casal Cuco, Casal Sequeiro, Choutaria, Galés, Godinheira, Monfirre, Montemuro, Portela, Quintas, Rogel, Santa Eulália, Vale de Uge e Vale do Inferno.

Actividades desportivas e culturais[editar]

Nesta pequena freguesia existem várias associações desportivas e culturais que nasceram da vontade do povo de se expressar, quer através do desporto quer através de outras formas recreativas. Estas são algumas das associações da freguesia: Clube Desportivo e Recreativo de Montemuro, Clube Recreativo do Rogel, Associação Cultural e Desportiva do Bocal, Grupo de Danças e Cantares de Santo Estêvão das Galés e o Rancho Folclórico "As Florinhas de Monfirre".

Manifestações Populares/Festividades


As manifestações populares da freguesia são essencialmente as festividades anuais que se realizam nos lugares mais populosos da freguesia.Essas festividades acontecem essencialmente no Verão. Para além dessas festividades são ainda de realçar as festividades religiosas que, anualmente têm o seu ponto alto, na Festa dos Merendeiros de Santo Estêvão. Esta festa consiste na distribuição de pães ázimos à população , símbolo do padroeiro da freguesia, após a Eucaristia evocativa do Santo. Esta festa realiza-se a 26 de Dezembro (Festa litúrgica de Santo Estêvão).
Destaca-se ainda a Festa de São João na localidade de Santa Eulália, em que a população pede aos seus padroeiros locais(São João Baptista e Santa Eulália) a protecção para os seus animais.
Na localidade de Montemuro realiza-se também uma festa em honra de São João de Brito. Em Monfirre a festividade é em honra de Santo António.
Contudo, as festividades mais importantes da freguesia não são as atrás referidas, mas sim os cirios que a visitam periodicamente.
São eles o Círio da Prata Grande, em honra de Nossa Senhora da Nazaré e o Círio dos Saloios, em honra de Nossa Senhora do Cabo Espichel. Sendo que esta freguesia é uma das escassas freguesias que integra ambos os giros.

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